quarta-feira, 29 de maio de 2013

Luiz Vaz de Camões

Olá, esse post está sendo publicado pra você que gosta de ler, principalmente sobre romantismo. Este ano eu fiz um exercício do meu livro de português, muito interessante, onde foi colocado três poemas, as questões eram de interpretação, mas a ultima era pra você fazer o seu poema baseado no de Luiz Vaz de Camões. Você provavelmente já tenha lido, mas estão aí para serem degustados...


“Amor é um fogo que arde sem se ver;
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente;
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que se ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
e servir a quem se vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?” – Luiz Vaz de Camões


O próximo poema, foi baseado no poema de Camões.


“Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e como tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.” – Vinícius de Moraes


O próximo poema foi escrito para Camões, como uma homenagem.

“Camões

Amor é susto que se torna um hábito
É relâmpago que se cristaliza
É não saber andar aonde pisa
E morrer de nascer, e nascer de um óbito

É buscar o infinito andando em círculo
É velejar sem rumos e sem brisa
É crer que cada instante se eterniza
É ter a majestade do ridículo

É ter a sabedoria na inocência
É cândida nudez sem dor nem mácula
É sofrer a indecência da decência
Ser anjo Frankenstein, arcanjo Drácula

Amor é aprendizado sem lições
Que o digas tu, não eu meu bom
Camões.” – Guilherme Figueiredo.


E por fim, o poema que eu fiz com minhas amigas Jady e Laura, no exercício.
“Amor é um sentimento instável
É como uma chuva de verão,
De repente,
Vem e nos surpreende
Nos faz perder o rumo
Nos dando uma nova direção.

Tudo relativo abrindo caminhos
Perdendo tempo para toda dedicação
Sonhando acordado em meio a multidão
Como se o barulho fosse canto de passarinhos

Amar e não ser correspondido
É como ter asas e não poder voar
Toda via, eu sei que é tão alto, mas eu vou pular.”


Só pra combinar com este dia friosinho, chuvoso, para as pessoas que estão apaixonadas. Pegue uma xícara de café, um lápis e um papel e faça um poema também!



(Se quiserem me mandar algumas frases, versículos, poemas, sonetos, crônicas, ou contos que criaram, se baseando ou não nos poemas, eu adoraria ler babssdiadami@hotmail.com)


Tenham uma boa tarde!