“Amor é um fogo que arde sem se ver;
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente;
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que se ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
e servir a quem se vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?” – Luiz Vaz de Camões
O próximo poema, foi baseado no poema de Camões.
“Soneto de Fidelidade
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e como tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.” – Vinícius de Moraes
“Camões
Amor é susto que se torna um hábito
É relâmpago que se cristaliza
É não saber andar aonde pisa
E morrer de nascer, e nascer de um óbito
É buscar o infinito andando em círculo
É velejar sem rumos e sem brisa
É crer que cada instante se eterniza
É ter a majestade do ridículo
É ter a sabedoria na inocência
É cândida nudez sem dor nem mácula
É sofrer a indecência da decência
Ser anjo Frankenstein, arcanjo Drácula
Amor é aprendizado sem lições
Que o digas tu, não eu meu bom
Camões.” – Guilherme Figueiredo.
E por fim, o poema que eu fiz com minhas amigas Jady e Laura, no exercício.
“Amor é um sentimento instável
É como uma chuva de verão,
De repente,
Vem e nos surpreende
Nos faz perder o rumo
Nos dando uma nova direção.
Tudo relativo abrindo caminhos
Nos dando uma nova direção.
Tudo relativo abrindo caminhos
Perdendo tempo para toda dedicação
Sonhando acordado em meio a multidão
Como se o barulho fosse canto de passarinhos
Amar e não ser correspondido
Amar e não ser correspondido
É como ter asas e não poder voar
Toda via, eu sei que é tão alto, mas eu vou pular.”
Só pra combinar com este dia friosinho, chuvoso, para as pessoas que estão apaixonadas. Pegue uma xícara de café, um lápis e um papel e faça um poema também!
(Se quiserem me mandar algumas frases, versículos, poemas, sonetos, crônicas, ou contos que criaram, se baseando ou não nos poemas, eu adoraria ler babssdiadami@hotmail.com)